Dos silêncios e das grades

Às vezes tenho pena dos versos

que escrevo!

Não porque os escrevo mas como

os sinto ...

Meus versos são eu continuando-me

em silêncio ...

Porque faço eco de vozes passadas e

gestos cortantes que se espraiam nas

madrugadas dos meus sonhos.

Há rios de luz no meu olhar!

De tanto sonhar perdi-me no tempo

sem perder-me de mim!

Versos trago-os aos molhos ...

E os meus dias nascem, desde então,

dos silêncios e das grades!