Covardia
Cavaleiros farsantes
Andantes, falantes
Sedutores vorazes
Em lábias de mel
Caçadores que enlacam
Em seus enredos faceiros
De torpes letras
Impregnadas em fel
.
Capturam suas presas
Arrancam lhe a carne
O vigor em torpor
Lhe deixam os ossos
Pra roerem depois
Ratos imundos
Em seus labirintos
Perfumados de podridão
Bueiros distintos
Em seus salões luxuosos
Posam suntuosos
Com seus sorrisos de crocodilos
A mirar outras presas
Com suas garras hipócritas e vorazes
Ana Lu Portes, 12 de novembro 2023