DERRAME
As palavras derramam em minha mente
Como chuvas em tempestades torrenciais
As vezes em lágrimas copiosamente
De forma quase desnaturais
Não cabendo dentro de minha alma
Alas se acabam por serem despejadas
Como uma cascata sem nenhuma calma
Mesmo que as vezes quase conspurcadas
Não posso parar de as escrevê-las
Pois elas não as cabem dentro de mim
Não tem leis que as possa prendê-las
Por isso, elas nunca chegam ao fim
Nem sempre elas são tão bonitas
Mas eu as tenho de vomitá-las
Se não minha alma fica tão aflita
Que elas podem até matá-las!