Limbo
Um não saber quem se é
Perdido em entruncamentos
Do que foi
Ou do que será
De penumbras absoryas
Do sentir muito
Ou do se anestesiar
Colapsos
Espelhos quebrados
Ou embaçados
Que não permitem visualizar
Com nitidez e clareza
O que está diante de si
Destroços de cacos
Quebrados e espedaçou
Vitrais elaborados
Em arte de se remontar
Quantas vezes forem necessárias
Trajetos pelo desconhecido
Numa penumbra sofrida
Em busca de feixes de luz
Num limbo de si mesmo.
Ana Lu Portes, 29 de outubro 2023