Montes de coisas

Estou escrevendo de tantas ideias que me abatem absurdo,

Somente estaria mais alegria ainda se com ouvidos,

Surdos e embebidos no néctar divino dos deuses gregos,

Ou mesmo fugiria da ira dos nobres ditosos romanos.

Ao longo dos tempos, a paz me serviu ao amanhecer deitado,

Pobre coitado o céu lhe preparava nada ser requisitado,

Entre mentes exaustivas cantava hinos ao céu estrelado,

Por longos dias e horas nada haveria de ser modificado.

O verdadeiro cálice da salvação encontrava-se em boas mãos,

Tudo o que saía da mente era produção de neurônios,

O espírito e o coração estavam contritos e sãos

A de seres estavam na dos quelônios.

Animais lentos para caminhão, porém, rápidos ao pensar,

Entrementes sadias e um destino completo, amarrável,

Parava somente um instante para dizer ou proclamar,

Torne-se-ou um objeto de opróbrio amável.

Na corrida da vida as coisas não se estagnam e nem param,

O tempo é um relógio de areia que conta para frente,

O que passou ficou aos dias que os quais findaram,

Aos fins de seus dias, ficou próximo e raro, mesmo rente.

Ao rente destino de uma existência sem motivo,

Parecia a passada de um andante a caminhar,

Aos olhos fulgurantes um olhar plenamente afetivo,

Um mundo e o monte de coisas a durar.

Gumer Navarro
Enviado por Gumer Navarro em 30/09/2023
Código do texto: T7898212
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.