C a r r a m a n c h ã o
Quando lembro nosso passado
Relembro do antigo carramanchao
Onde de coração para coração
Sentados num banquinho acanhado
Trocamos tantas juras de amor
Que o tempo ainda não apagou
Foi também nesse mesmo lugar
Que várias vezes nos desentendemos
Quando a rispidez substituía o verbo amar
Mas no outro dia esquecíamos
Das raivas e queixumes
Sempre motivados por ciúmes
O tempo fluiu, passou
Não há mais o carramanchão
Nem também nossa juventude
Mas ficou o nosso amor
Entranhado no meu e no teu coração
Que com fé em Deus viverá na eternidade.
Letra de cantiga de amor. William Porto. Inté.