As entrelinhas
De agosto a setembro
Uma lágrima ardendo
De janeiro a dezembro
Um novo ardor sofrendo
Sábio vitimista
Que trancou o conhecimento
No vasto lago narcisista
Você o deixou voar naquele momento
O vagar do tempo, lamento…
Junto ao arrastar de mais um corpo cansado
Um capataz sadio ri por teu sofrimento
Enquanto diz ao caronte que estas desgastado
De janeiro a janeiro
Um poema entalado na banheira
De fevereiro a fevereiro
Um poema descendo o ralo da ladeira