O desconhecido
O novo é sempre uma surpresa
Um inesperado
Que pensa ser calculado
Mas não pode ser controlado
Pois não tem como mensurar
O que olhares
E entrelaçar de bracos podem causar
O desconhecido é sempre uma incógnita
Sua releitura também
Pode trazer aspectos conhecidos
Porém reelaborados
Numa envergadura de rota nova
Repleta de mistérios e descobertas
O inesperado é o vento na face
O tremor das pernas
O disparar do coração
O soco na boca do estômago
O frio na barriga
O suar de mãos
O desconhecido está aí
Aqui e lá
A espera de ser desbravado
Desvendado
Revelado
E experimentado.
Ana Lu Portes, 9 de setembro 2023