ESTRADAS DA MORTE

Nas estradas, buracos fundos se escondem,

Curvas acentuadas, asfaltos trincados.

Caminhos descuidados, a manutenção perece,

Imprudentes motoristas, danos acaçapados.

Estradas, tênues laços à deriva,

Se privadas ou não, o descuido avulta.

No asfalto marcado, o desgaste se inscreve,

No percurso, a insegurança desoculta.

Avante eis que um pedágio se ergue,

Cobrando passagem pela senda custosa.

Mas na tarifa há apenas um pacto, não negue,

Lucros apenas, nossas vidas não importam.

24.08.2023