ELO PERDIDO
LUIZ AUGUSTO DA COSTA
Era de manhã; passei o braço sobre o leito
E você não estava lá
Senti então um imenso vazio no peito
Um coração inerte batendo como se fosse parar.
Fez-se tarde e o vento úmido
Trouxeram os filhos com sorrisos amarelado
Com destino definido
Traçando destino que já estava traçado
E a noite chegou tensa
E eu sentado no mesmo lugar de de manhã
Sem saber o que fazer com aquela dor intensa
O corpo entregue e a mente sã
Então olhei pela última vez aquela casa
Onde moravam os sonhos e a imaginação tinha asa
Onde nasceu tanto amor
E tanta paixão habitava.
Hoje de manhã entre estranhos
Estrelas que já não brilham, e sonhos viraram pó
E sofrimento sem tamanho
Eu já não me reconheço
E apesar de rodeado de gente, nunca me senti tão só.