Solo periférico

Parado!

em solo periférico

Um poeta branco e seu amigo negro

visando a ausência de jasmim

Neste chão todo rachadin

Aos montes um buraco

Com cheiro de tombo de mininin

“Pare, ô o buraco!”

Se essa rua clara fosse

teria todos os piques

E euforia da pequena Liz e Hellena

“Cuidado na rua, o poste continua apagado”

Nessa praça de cheiro boldo

O marginalizado matou aula de novo

Para entregar quentinha cortando caminho na avenida

E irmão, ta tendo batalha de rima

Parado.

Olha o homem fardado agitado

Pronto para abater mais um coitado

E dizer escondendo o guarda-chuva que ele estava armado

Censurado...

Adeus ao Leandro, Manoel, Marcos e tantos

Que em meio fio depois das oito não se pode cantar

pois corre o risco de uma bala o perfurar.

Alvaro Kitro
Enviado por Alvaro Kitro em 22/08/2023
Reeditado em 26/10/2023
Código do texto: T7867469
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