Solo periférico
Parado!
em solo periférico
Um poeta branco e seu amigo negro
visando a ausência de jasmim
Neste chão todo rachadin
Aos montes um buraco
Com cheiro de tombo de mininin
“Pare, ô o buraco!”
Se essa rua clara fosse
teria todos os piques
E euforia da pequena Liz e Hellena
“Cuidado na rua, o poste continua apagado”
Nessa praça de cheiro boldo
O marginalizado matou aula de novo
Para entregar quentinha cortando caminho na avenida
E irmão, ta tendo batalha de rima
Parado.
Olha o homem fardado agitado
Pronto para abater mais um coitado
E dizer escondendo o guarda-chuva que ele estava armado
Censurado...
Adeus ao Leandro, Manoel, Marcos e tantos
Que em meio fio depois das oito não se pode cantar
pois corre o risco de uma bala o perfurar.