das luas que já vi
sinto-me tão seguro neste vasto mundo
de incertezas
como no sagrado útero de minha mãe.
o relaxante não-viver, absurdo
como a vida que invade meus pulmões
a cada segundo.
e eu não me canso das olheiras, quando
o céu negro está sobre minha cabeça.
e eu não me canso das caminhadas,
quando vejo as folhas alaranjadas
caindo antes de meus sonhos.
e eu não me canso das palavras
me visitando nas noites estreladas
infestadas de advérbios.
bebo um chá antes de dormir
e me deito pensando no beijo
ao meu lado.