Sussurros da Reclusão
Nas paredes carcomidas do seu aposento,
Jovem solitário, longe do movimento.
Ele busca refúgio em sua morada antiga,
Evitando o mundo lá fora, que lhe intriga.
No recôndito abrigo, um lar virtual ele cria,
Na rede, ele navega, onde a ansiedade desafia.
Envolto em pixelados sonhos, evita a multidão,
Prefere o abraço dos fios, à agitação.
Nos almejados dias, ele se resguarda,
Das praças e vielas, das ruas que acorda.
Onde os passos são ecos de antigas jornadas,
Ele se ausenta, na tranquilidade encontrada.
Longe dos tumultos e dos clamores mundanos,
Vive no eco do silêncio, como nos antigos planos.
Sem máscaras sociais, ele encontra seu espaço,
Na doce solidão, ele escreve seu traço.
Enquanto lá fora a vida pulsa e brilha,
Ele prefere o abrigo, onde a tristeza se anilha.
Com os olhos nas telas, ele traça seu enredo,
Um refúgio moderno, de vida e segredo.
Assim, o garoto recluso constrói sua história,
Entrelaçando passado e presente em sua memória.
Nas asas da tecnologia, ele voa sem sair,
Um mundo próprio, onde pode sorrir ou sofrer, sem partilhar.
Com termos antigos e modernos, aqui está a história,
Do jovem que prefere a casa, em sua trajetória.
Entre o ontem e o agora, ele encontra seu caminho,
Nas paredes do lar, onde o mundo é seu carinho.