- Eu não percebia que sabias mentir!
Era bom conversar com você, senti a sua falta!
Naquela época, ingenuamente eu não percebi,
Que tu, habilmente, escondias tua verdade,
Um véu de ilusão que à realidade cobria.
Tua voz suave encantava meus ouvidos,
Teus sorrisos, promessas de um mundo irreal,
Eu me perdia em teus dizeres queridos,
Sem perceber o engano por detrás do véu fatal.
Contigo, as horas voavam como o vento,
Confesso, acreditava em cada palavra tua,
Sem desconfiar do teu jogo traiçoeiro e lento,
Na trama ardilosa que em meus sentimentos fluía.
Ah, como era doce esse doce engano,
A ilusão acalentava meu coração envelhecido,
Mas tudo desmoronou como um castelo de engano,
Quando enfim vi a máscara cair, sem compaixão.
Descobri que teu mundo era só ficção,
Tuas palavras, um enredo de fantasia,
Enxerguei a triste realidade da situação,
Toda aquela magia se tornou em melancolia.
Agora, resta-me a lembrança do que um dia foi,
Uma história de encantos que se perdeu no ar,
Guardo as cicatrizes das mentiras que ouvi depois,
Mas aprendi a me erguer, a recomeçar.
Hoje, agradeço o aprendizado doloroso,
Porque ao enfrentar a verdade, eu me libertei,
Cresci mais forte e sábio, enfim corajoso,
E comigo a verdade, a lealdade, sempre andarei.
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