DISPARO ALEATÓRIO- Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros

DISPARO ALEATÓRIO - Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros.

Ninguém segue a trajetória de uma bala.

Quem embala um projétil ? ...o destino ?

Quem aperta um gatilho, um assassino ?

O estampido... que assusta... grita... ou fala ?

Um disparo aleatório à existência,

uma vítima indefesa estirada,

nos jornais, a antiga cena registrada,

a maldade ignorando a inocência...

Na TV, a violência exibida

se repete, e quanto mais é projetada,

no ntervalo, a propaganda apresentada

paga mais, enquanto a morte ceifa a vida.

Acidentes, sequestros e tiroteios,

são recheios para o apresentador,

que entra em êxtase, por conta do valor

recebido desses mórbidos enleios.

Quanto mais se filma uma nova desgraça,

outra raça oportunista se revela,

exibindo, entre as cenas da novela,

um produto sedutor... mesmo sem graça.

Melodias alicerçam só bobagens

previsíveis que a mídia,sem pudor

distribui ao pobre interlocutor ignaro... que adora conteúdos... sem mensagens.

São tão sórdidas as velhas maquiagens

das piadas que contém o des-humor,

das tragédias populares, cuja dor,

se dissolve ante tantas... "sacanagens".

O enredo intencional de uma novela

sempre embute, no seu novo conteúdo,

preconceitos, a narrativa diz tudo:

e, na trama, o ódio "inposto" se revela.

Ninguém usa o produto que promove,

só a massa que absorve a propaganda,

é tão triste ver alguém olhar de banda

para o povo que se arrasta e nem se move.

Do jeito que a vida anda... ao comando

do desmando de quem faz que o povo creia

que quem quer ver o seu bem, também odeia

esse amigo que ele vive abençoando,

Esse bando de hipócritas que mentem,

destruindo o nosso amor com a falsidade,

são coveiros fiéis da fraternidade,

enterrando todo afeto que alguns sentem.

Nossa mente é um arco-íris, quando amamos

nosso igual sem preconceitos ou mentiras.

Onde está o som fraterno que há nas liras

da alegria desse amor que admiramos ?

O odioso formador de opiniões

sempre lucra com o mal que ele produz,

não consegue conviver com a doce luz

que o ofusca... pois não tem desejos bons.

Pobre povo que interpreta erradamente

o que diz essa retórica nociva

dessa gente tão ruim, radioativa,

que promove ódios de forma...

Indecente

Quanto mais alguém registra a violência,

incentiva quem pratica a ilicitude,

faz com que tenha mudanças de atitude,

muita gente que abomina a incoerência.

Quando a bala atinge almas que amam tanto,

uma vítima infeliz que ela encontra,

só carimba a insensatez, porque confronta,

o amor com a dor de um novo desencanto.

Nós, que amamos, de verdade, o nosso irmão,

só nos resta insistir no nosso afeto

verdadeiro que não faça de objeto,

o sentido que a dor dá ao coração.

Às 19h e 38min do dia 30 de julho de 2023, Registrado e Publicado no Recanto das Letras.

Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros ( YouTube, Rádio Poema e Arte, Poema e Arte, Recanto das Letras, Facebook )

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