Hipocrisia
Vida fútil
Contas cheias
Excesso inútil.
Para vazios corações
De emoções vas
Sem Auto construções
Máscaras variadas
Para cada convenção
Em fachadas narcisicas
De pura encenação
Excesso de trabalho
De viagens
De bens
De gastos
E de manipulação
Brinca se tanto
Pra construir castelos
Em um mundo ideal
E não se cai na real
Que tudo é passageiro
E ilusão.
O que daqui cada um leva
E a vida que se leva
E as marcas que deixou
De sorrisos
E ensinamentos
E as lembranças que cravou
Riqueza nas miudezas
Do olhar
Do falar
Da troca
Do cuidado
O restante
É puro teatro
Alucinação
Hipocrisia enfim
Usada como artifício
Em uma peça que terá fim.
Ana Lu Portes, Caputira, 22 de julho, 2023