Escolhas e consequências (Poema)

No teatro da vida, onde as cortinas se abrem,

As escolhas se apresentam como atos que reverberam.

Um delicado equilíbrio entre caminhos a seguir,

Onde cada passo dado, um destino a construir.

O palco se ilumina, e a escolha se faz presente,

Como um sussurro no vento, uma voz inconsciente.

Em cada encruzilhada, um dilema a encarar,

Pois, ao decidir, um mundo inteiro pode mudar.

Ah, escolhas! Tão efêmeras e poderosas,

Podem ser doces melodias ou tristes prosas.

No momento em que as fazemos, cegos de certezas,

Ignoramos as consequências, as marcas e as frestas.

Uma escolha imprudente, um passo descuidado,

Pode levar à escuridão, ao caminho desvirtuado.

Um instante de prazer, de prontidão egoísta,

Pode trazer tormento, tristeza e desista.

Nossas escolhas, teias intrincadas do destino,

Tecidas com a linha do livre-arbítrio divino.

Um fio puxado aqui, uma consequência ali,

Cada ação desencadeia um novo porvir.

A pressa, a indiferença, a falta de clareza,

Podem gerar tormentos, sombras em sutileza.

Enquanto a consciência, a ponderação, a sabedoria,

Abrem as portas da esperança, da luz e da harmonia.

O peso das escolhas, ó fardo tão imenso,

Quando plantamos ventos, colhemos o avesso.

Cada palavra proferida, cada gesto praticado,

É um passo na dança do destino, o legado.

Que sejamos prudentes, refletindo antes de agir,

Pois a vida é tecida com nossas escolhas a fluir.

Não desperdicemos a chance de fazer o bem,

De escolher o caminho que nos leva além.

Porque, no final da jornada, ao olharmos para trás,

Veremos as escolhas refletidas nos rastros e sinais.

E cada consequência, com suas garras afiadas,

Nos lembrará de que a vida é feita de escolhas ponderadas.