MUNDO DE SINZAL
VISÃO DE UM MUNDO DE SINZAL
Vi um pequeno arbusto iluminado e sob ele um balde de ouro aonde pingava óleo e os habitantes da terra choravam de alegria.
Vi um cavalo de escamas de cascudo todo negro cavalgando sobre o sol.
Vi um grande barco com Bandeira branca saindo das nuvem cinza e entrando para o céu azul.
Vi homens invisíveis de capuz num quadro de luz e sombra feito de lápis B.
Vi um desenho de um circo pintado a grafite em outro quadro em exposição entre as nuvens e ao fundo o sol.
Vi o filhote de um gato subindo uma escada p o ceu.
Vi uma corda de cinzal sendo esticada no infinito.
Vi um chinelo amarelo de mulher em frente a um par de chinelo preto de outro homem.
Vi o mundo renascer sobre os olhos do terror.
VISÃO DE UM FILME
Vi alguem se apaixonar por uma utopia.
Vi uma mulher tornar se em fantasia.
Vi em fuga os mais loucos desejos para o inferno.
Vi p trás de cada porta um segredo.
Vi o reflexo do espelho q escondia as mais sombrias faces.
Vi todos os homens se tornarem surreais por isso a vida se tornou mero sonho.
Vi as guerras q a humanidade travou.
Vi homens e mulheres presos ainda nas cavernas.
Vi os loucos tendo razão de viverem em um mundo só deles sem compartilhar com ninguém.
Vi a fuga da realidade rumo ao melhor piquinique q podia fazer.
Vi uma paisagem de um quadro de Dali q entrava no paraiso perdido de Milton.
Vi a solidão na velhice dando uma boa cheirada de rapé.
Vi todos os zoológicos do mundo servindo banquetes aos leões.
Vi todas as crianças perdidas atras do espelho do magico de Oz.
Vi devaneios possuindo todas as mulheres do mundo.
Vi uma solitária raposa dos tropicos.
Vi os castelos do Brasil nas carvernas da chapada diamantina.
Vi o outro lado do espelho trincado.
Me vi como o opio da sociedade.
Vi em meus sonhos a reencarnação dos meus mais puros pesadelos.
Vi minhas viagens aos guetos da loucura.
Vi as sombras nos convidando a viver.
Vi um homem ciumento gritando entre os corpos nu de duas mulheres.
Vi todo exesso de amor se derramando em sangue.
Vi e ouvi o barulho de uma música verde.
Vi o corpo nu de uma mulher dormindo sobre um tapete persa vermelho e levar me ao patamar
de um tribunal dos puritanos.
Vi os poemas de Goethe e Byron no lual da loucura.
Vi e ouvi o uivo do lobo da esterpe a chamar me.