UMA BOA ALMA
Depois que me vi
completamente órfão
de pais, ficaram-me
irmãos que me deixaram
uma empregada especial.
Também ela, como eu,
é convicta da fé
em Deus. Entra
toda manhã e
empunha a vassoura
e varre. Me arruma
o quarto, limpa a
casa e vai para a
cozinha. Onde faz
um delicioso almoço.
Nos intervalos do
trabalho dela nós
trocamos conversa
e as palavras dela
são tão família
quanto as minhas.
Ela me diz que lê
a Bíblia todos os
dias e que se orienta
por tal leitura. Eu como
cristão católico estimulo
ainda mais tal
fazer. E quando ela
se vai eu tenho
a minha roupa lavada
e passada. Do salário
que ela recebe ela
não reclama, porque
eu não poderia lhe
pagar mais. E ela é
ciente que não posso.
E venho aqui
agradecer a Deus
por mais esta
dádiva imerecida
que eu recebo.