Nunca acaba
O nunca acaba e chancela
E em tantas idas e vindas martela
Como uma sentença final
O nunca acaba tolera
E no comodismo impera
Na vida como uma quimera
O nunca acaba joga ao marasmo
De sempre ao mesmo destino dará
E a respeito do que é dito nunca acabará
O nunca acaba aliena
Num lugar de conveniência.
E do qual sempre se volta, sem pedir licença
O nunca acaba é garantia
De que tudo permanecerá sempre igual
E que não haverá nenhum rival
O nunca acaba sustenta o giro
De que apesar de qualquer movimento
Tudo sempre volta a qualquer momento
O nunca acaba precisa acabar
Para entrada ao novo poder dar
E a mudança necessária enfim se concretizar.
Ana Lu Portes Juiz de Fora 6 de maio 2023