Lupa

Temos o péssimo hábito de quando nos sentimos ofendidos colocarmos uma lupa sobre o fato ou sentimento que nos feriu e ali estacionamos, lançando ofensas a quem nos ofendeu como defesa, ou atacando com recortes de falas que nos feriu diante da lupa e apontarmos ao outro o tamanho da nossa ferida, para julga lo, culpa lo, condena lo.

Fazemos do outro um bode expiatório daquele e de todos os sofrimentos e decepções, que ele o outros nos causaram

Fugimos da ponte do diálogo, da compreensão, da acolhida e do entendimento.

E nos trancamos no nosso lugar de vítima, nos nomeando muitas vezes de vilão, como mecanismo de defesa de nosso ego, de nosso orgulho ferido.

E aí a lupa expande tudo aquilo que nos prende e nos aprisiona em nossos ismos, de vitimismo, narcisismo, egoísmo....

E aí nós tornamos grandes em tudo, temos primazia, somos vistos e adulados, como crianças mimadas que não sabem lidar com frustrações e nem enfrentam seus medos,

Somos grandes, mas pequenos diante da dor, paralisados no crescimento.

Ana Lu Portes Juiz de Fora, 05 de maio, 2023

Ana Lú Portes
Enviado por Ana Lú Portes em 05/05/2023
Reeditado em 05/05/2023
Código do texto: T7780879
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