RESSIGNIFICÂNCIA - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros Rio de Janeiro Brasil.

RESSIGNIFICÂNCIA - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros

Na minha pele, minha história é tatuada,

não foi com livros que aprendi o que hoje sei,

se decorei, foi muito mal, a tabuada,

com minha lágrima escrevi o que chorei.

Sou coerente com quem sou, na voz calada,

guardo meus gritos e os silêncios que me dei,

reflito sobre o que aprendi, mas não sei nada,

sobre essa estrada tão comprida e tão... sem lei.

A cada pedra que chutei ou cada flor

que recolhi na caminhada pela vida,

sofri chorando ou me ri da própria dor,

mas, afinal, nem sempre a flor é colorida.

Ao conviver comigo, vi, no abandono,

que eu era dono de mim mesmo e do bom senso.

mas, ao sonhar, ao emergir do próprio sono,

vi que o amor é a essência do que eu penso.

Adaptei-me, fiz da minha ignorância,

a minha ânsia de aprender e me curar,

ferindo minha falsa insignificância,

com a esperança de a ressignificar.

Hoje, quem sou ? Sobrevivente de uma tribo

guerreira, única, de cuja extinção,

há de pulsar, acima de qualquer estribo

de arrogância humana, um doce... coração.

Às 9he21min do dia 25 de abril de 2023 do Rio de Janeiro - Brasil

Registrado e Publicado no Recanto das Letras.