Quando houver
Não há mais tempo a perder.
Não há nada mais que possamos fazer.
No caos da vitória alheia surge a mágoa relutante.
Na deselegância dos dias surge o abismo do anseio.
Não há mais nada a desejar.
Não há mais voz para gritar.
No rosto pálido a desilusão antiga.
Na inocência da vida o amor esquecido.
Não há mais luta pra lutar.
Não há outro dia pra sonhar.
Na infância perdida entre os dias de dor.
Na loucura mantida em cada noite roubada.
Não há mais vida pra viver.
Não há palavra que faça acontecer.
Em cada canto!
Em cada encanto!
Quando houver ... estarei alí ...
Presente e esperando!
Quando houver ...