A queda de apolo

Afundei-me em um solo tão superficial

Onde desejam apenas o enterro de meu membro

Estarei de luto pelos últimos românticos de versos fenomenal

Pois guardarei em meu monastério o pergaminho de heleno…

Cansado de procurar aprovações externas

Internei-me com reprovações que tratava de maneira séria…

E na loucura, forjei um novo corpo sadio

Seria eu, irmão de Alcides, ou o orgulho de Dionísio

Quem diria que de meu quarto as lágrimas não fogem

Enquanto nas badaladas minha esperança absorvem

Era uma outra insônia acompanhada de louça suja

Era uma nova reclamação de outra imperfeição sem sentido…

Se me resta apenas versos, quero ecoar por todo o vale

Tampouco ando com esse grilhão que me colocaram

Dizem que hera é uma boa mãe, mas teus filhos não sentem orgulho

Pois eles permanecem quietos por temerem sua ira

Talvez dafne pudesse enxugar minhas lágrimas

Pois só me resta regar teus pés e preencher-me com saudade

Hélio tomou o sol que nunca me pertenceu…

Com minha lira só me restam os mesmos versos…

Alvaro Kitro
Enviado por Alvaro Kitro em 04/04/2023
Código do texto: T7756237
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