A queda de apolo
Afundei-me em um solo tão superficial
Onde desejam apenas o enterro de meu membro
Estarei de luto pelos últimos românticos de versos fenomenal
Pois guardarei em meu monastério o pergaminho de heleno…
Cansado de procurar aprovações externas
Internei-me com reprovações que tratava de maneira séria…
E na loucura, forjei um novo corpo sadio
Seria eu, irmão de Alcides, ou o orgulho de Dionísio
Quem diria que de meu quarto as lágrimas não fogem
Enquanto nas badaladas minha esperança absorvem
Era uma outra insônia acompanhada de louça suja
Era uma nova reclamação de outra imperfeição sem sentido…
Se me resta apenas versos, quero ecoar por todo o vale
Tampouco ando com esse grilhão que me colocaram
Dizem que hera é uma boa mãe, mas teus filhos não sentem orgulho
Pois eles permanecem quietos por temerem sua ira
Talvez dafne pudesse enxugar minhas lágrimas
Pois só me resta regar teus pés e preencher-me com saudade
Hélio tomou o sol que nunca me pertenceu…
Com minha lira só me restam os mesmos versos…