O jardim de outono
Um jardim brilha na manhã de outono
Uma menina corre para braços invisíveis
Meu olhar apenas colhe as impressões
E o meu coração aquecido agradece.
As árvores pendem da outra estação
E antes que se desfolhem, exuberam verde
Rever a manhã com outras cores é a surpresa
É a certeza que nada se repete
Os séculos, portanto, remontam histórias, não lições
E a vida é um rio ligeiro e caudaloso.
Uma florista, um homem de chapéu, um casal
Mais a menina e eu a salvos na clareira
O trânsito circunda a nossa calma
Sem gestos obscenos, sem lições de economia.