131°

Sou o poeta admoestado

Escrevo tudo aquilo que sinto

Às vezes minto sobre as coisas

Tenho o coração de menino

Com travessuras em forma de poesia

Gosto da natureza que irradia

De sentir o amanhecer do dia

E morrer nos olhares ocultos

De amores que se perderam

Em estradas sem atalhos

Não meço o que sinto por não ter métrica

Meu poema não respeita o poeta

Minha escrita é marginal

Escrevo o que acontece na minha vida

Enfrento as despedidas

Como recomeço de novos amores

Coleciono dores em embalagens

Sou ateu e poeta de um verso só

Otreblig Solrac - O poeta burro

Otreblig Solrac
Enviado por Otreblig Solrac em 27/03/2023
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