131°
Sou o poeta admoestado
Escrevo tudo aquilo que sinto
Às vezes minto sobre as coisas
Tenho o coração de menino
Com travessuras em forma de poesia
Gosto da natureza que irradia
De sentir o amanhecer do dia
E morrer nos olhares ocultos
De amores que se perderam
Em estradas sem atalhos
Não meço o que sinto por não ter métrica
Meu poema não respeita o poeta
Minha escrita é marginal
Escrevo o que acontece na minha vida
Enfrento as despedidas
Como recomeço de novos amores
Coleciono dores em embalagens
Sou ateu e poeta de um verso só
Otreblig Solrac - O poeta burro