MULHERES DO OURO MARANHENSE

Às seis, tardinhas de coincidências,

vinham elas, trazendo em cofos cheios

sobre suas cabeças a sobrevivência,

saiam das veredas cantando lorotas,

sorrindo e agradecendo a sorte

e iam caminhando rumo ao comércio do senhor Aderson .

O velho Peba as encontrava, pesava e despejava no canto

o suor da labuta das mulheres

contavam os cruzeiros, trocavam por fumo, café, açúcar

e outras coisas mais ou menos o valor da sorte do dia.

os bagos valiosos do babaçu, ficavam,

levavam o que não tinham

e em casa, já na hora do descanso

planejavam

o outro

dia.

WALTER BERG
Enviado por WALTER BERG em 25/03/2023
Código do texto: T7748690
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