MULHERES DO OURO MARANHENSE
Às seis, tardinhas de coincidências,
vinham elas, trazendo em cofos cheios
sobre suas cabeças a sobrevivência,
saiam das veredas cantando lorotas,
sorrindo e agradecendo a sorte
e iam caminhando rumo ao comércio do senhor Aderson .
O velho Peba as encontrava, pesava e despejava no canto
o suor da labuta das mulheres
contavam os cruzeiros, trocavam por fumo, café, açúcar
e outras coisas mais ou menos o valor da sorte do dia.
os bagos valiosos do babaçu, ficavam,
levavam o que não tinham
e em casa, já na hora do descanso
planejavam
o outro
dia.