Crepúsculo
Crepúsculo
Volátil como o vento...
Hoje aqui,
Amanhã não há...
Sem paradeiro,
Sem destino certo,
O certo é que por certo amanhã perecerei e,
O infinito além do meu conjecturar não tarda
Em cerrar meus aviltados olhos.
Miscigenado a enigmas tão intransponíveis
Quanto os antros do Universo,
Meu ocaso está latente a cada novo pulsar.
Então o que me resta senão o agora para sonhar!
Idealizar!
Por em prática,
Realizar!
Fomentar o resplendor da íris...
Sou o artífice responsável pelo vulto
E longevidade de minha alma.
E tenho um árduo labor,
Mas sem almejar o galardão da matéria,
Antes que me alcance o crepúsculo.
Adriano J Santos