O Cravo,a Rosa e a Deusa Flora

Nossa amada Deusa Flora

Permita-me falar agora

Pois preciso explicar

A razão de eu aqui estar

E pergunto aqui à Rosa

Em sua presença, Deusa Flora

Por que brigamos , amor ?

Brigamos , flor do craveiro

Por causa dos teus ciúmes

De teus intermináveis queixumes

O que ? Queres exemplos ?

Tu não admites que

Meu amigo Jasmim

Possa sequer olhar para mim

Sem que te ponhas a vociferar

Te espelhe no exemplo da margarida

E do seu namorado, o lírio

Um casal que é um colírio

Para quem os observar

As vezes discutem

Mas logo fazem as pazes

E vivem num clima de amor

Como condiz a uma flor

E em paz procuram viver

Rosa, rosa,minha querida

Cura esta minha ferida

Sê um pouco mais comedida

Em tua beleza mostrar

Tolera os meus queixumes

Pois eu morro por ti de ciúmes

E ciúmes de ti, como não ter ?

Basta, só eu falo agora !

Intervém a Juíza Flora

Se propondo sem demora

Esta questão resolver

Cravo ! Livra-te agora

Deste atroz algoz que te aprisionou !

Rosa ! Esquece este ar de grandeza !

Para que sejais lembrados

Na história como exemplo

Não de casal que peleja

E sim como símbolos

De amor e grandeza

Como dádivas da natureza

Que Deus, nosso Senhor, nos legou

Do livro Poemas de Paulo Guedes

Paulo Roberto Guedes
Enviado por Paulo Roberto Guedes em 26/02/2023
Código do texto: T7728440
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