Não sou mais a mesma
Não sou mais a mesma de ontem
E amanhã decerto não serei a mesma de hoje
Estou em metamorfose
No processo de autoconhecimento diuturno
O que sabia de mim ontem, já se desatualizou
As reações esperadas de mim
Em mim se modificou
Existem em mim vestígios do que fui
Estruturas sendo remodeladas
Medos, incertezas e vazios sendo ressignificados
Vida que pulsa
Num constante tic tac
De mudanças e elaborações
Insights aos olhos de uma adulto
Que descobre e se redescobre
No reflexo retrovisor da infância
Mulher, menina, mãe, filha, alma e pensamento
Na razão, na emoção, na intuição
Na fluidez feminina, que clama e chama
Em movimentos que vão da sutileza da brisa mansa aos tufões intepestuosos
Que reviram e reconfigura o ser. em seu anverso.
Ana Lu Portes, Juiz de Fora, 14 de fevereiro, 2023