Fome

Está seco o telhado,

É de barro,

Vão quebrar.

Como tudo nesta casa,

É bem frágil,

Faz chorar.

Vem o tempo,

Vem o homem,

Quase sempre a piorar.

Tem panela,

Tem ela,

Quase sempre a cozinhar.

Faz mais coisas,

As quais elas,

Não faz bem pronunciar.

Até hoje,

Após anos,

Põe-se o corpo a alugar.

Pela casa,

Pelos móveis,

Pelo ser a lhe habitar.

Carolina Maria Souza
Enviado por Carolina Maria Souza em 07/02/2023
Reeditado em 08/03/2023
Código do texto: T7714073
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