Desigual

Ainda haverá tempo de ser feliz?

Tenho me perguntado, porque ainda não o fiz

Às vezes quase, por pouco, por um triz

Eu sempre percebia

A verdadeira e real alegria

Escassa e rara nesta vida

Por vezes aparecia

Surgindo num novo acorde

Num verso que vira poesia

No riso entre amigos

Numa despreocupada alforria

da vida

Na chegada de um filho

Na cura de um mal

Mas a tal felicidade

Plena, constante e real

Me parece impossível

Neste mundo imperfeito e desigual