Rabiscos e varandas
Me sentei pra ver
O teu tropical veraneio
Descansando a vista
de graça.
Me deitei pra ser
Teu início, fim, meio
Derramando o vinho
Na taça.
Me ergui pra cantar
"J'écris des chansons
Je n'les chante pas
Et ton nom, je n'le dis pas"
A varanda se suspendeu
E saiu voando por aí
Vendo as tuas costelas cavas
E seu sorriso recôncavo
E tua expressão
que nem Caravagio poderia ter pintado
E nem mesmo Rimbaud escrito
Mas que meu sobrinho,
se rabiscasse errante
com giz de cera e pureza,
chegaria até perto.