Vida e Brincadeira
Com a brevidade do tempo
e os nomes se transformando,
os espaços vão se estreitando
com o espelho a nos mirar.
Sou criança matreira
que não cansa de brincar.
Sou jovem rebelde
frente às curvas do lugar.
Sou adulto melancólico
diante de um altar.
Sou idoso abandonado
na esquina sem um par.
E se de repente a vida resolver desafiar?
Uma nova chance,
Ou um novo lugar?
Um novo corpo,
uma melodia a cantar?
O que o sábio espelho diria quando a ti aconselhar?
Jogue as bengalas na rua,
pule,
cante,
rodopie,
arrisque-se na caminhada.
A vida não para nunca,
tudo é transformação.
Aproveite cada etapa,
cada ninho,
cada fresta
de luz na escuridão.
O fim é só o começo.
E o verbo conjugado voa
Livre,
nas asas da emoção.