O velho boxeador.
Ele solta um gancho
De direita
E depois dá uma pequena chuva
De socos rápidos
Em direção ao seu oponente.
O rapaz não era ruim
Mas tão pouco brilhante
Mas aquela noite
Era dele
E o boxeador compreendia.
Não queria ouvir
E nem podia ouvir
Mas as garotas estavam chamando aquele cara
Enquanto ele desviava dos seus socos.
Se tinha mediocridade
Aquilo morreu.
O garoto parecia que imitou o Robert Johnson
E fez um pacto com o diabo...
Ou talvez não...
Quando ele sente um soco
No meio do estômago
E um gancho
Acertando o seu queixo
E o gosto
da lona
Ele compreende...
Que a humanidade
Está atolado
De dias ruins
E um velho boxeador
Deve entender que a derrota
É um riacho que nunca tem fim.