O Auto do Ethos Nacional, Parte III, Seção trinta e três, Parágrafo Dois
A indulgência permite a moldura
A deselegância amarra precedentes
Nem tudo é discurso, nem tudo é vício
A metafísica escala textos improváveis
Toda a atenção é um espírito
Convencidos a ancorarem em outros corpos
Beber de um conhecimento cíclico e superficial
Transporta-lo: Como algozes e como profetas
Modelar o rancor em escala nacional
Vaidades que fiquem para mais tarde
Mesmo que nunca sumam
Fato é: Digitalmente perecemos ao consumo
O que prescinde este embrião é a repetição
O discurso além de provocações
Não promove, mas corrompe
Esta é a glória atual de um cinema verite
Ninguém precisa mais depender esforço
Ninguém precisa mais conceder silêncio
Se a própria realidade já nos oferece o absurdo
O cinema exagerado e autocentrado em seus atores
Honestamente, nesta altura do auto
Eu prefiro fugir ou esvaziar-me
Desencarno para além do exílio
Antes de ser cooptado pela vigilância
A eterna fábrica que se produz efeitos gregos
Ainda há banquetes supracitados
Para o deleite de elefantes brancos
Os termos da influência superam a virtude
Criar é multiplicar atos e efeitos
Persuadir o espírito alheio a lhe espreitar
Equiparar gerações é uma droga em espécie
Fazer-se espetáculo. Antes do domínio, antes de desaparecer