CIRANDAS...
CIRANDAS DO TEMPO
Enquanto as crianças rodam nos folguedos infantis,
Nossas cirandas de adultos dançam na nossa realidade!
Cirandas financeiras, políticas, religiosas, sociais, com a volúpia
Das demandas e voracidade prementes dos novos tempos!
Momentos que pedem soluções... Criam expectativas... Agridem
A paciência e enfraquecem a fé! Cirandas de incertezas e dúvidas!
Dançamos nossas cirandas conforme as músicas nos exigem!...
Temos coreografias no seu enfrentamento dados os desafios!...
Folclore de uma nova realidade, que assola os tempos atuais...
Em pecados carnais, somos levados por mentiras e abstrações
De ideologias de contrapontos das verdades!... São iniquidades!
Cirandas familiares opõem pais contra os filhos, e, desagregam a família...
Partilhas sociais, que não acontecem, por conta do orgulho do ter...
Saber de políticos, juízes, empresários, intelectuais, entre outros,
Que não se interessam pelos problemas e necessidades do povo...
“CIRANDAS” como músicas funk, de conteúdo imoral e chulo...
Pintam de imoralidades os conceitos artísticos da juventude!
“CIRANDAS” em demandas sem futuro. Fruto maduro, que,
Cai podre ao chão... Tempo perdido, ofendido, e, desmedido!
“Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar”! Ao léu cantar...
Ao nada demandar... Do futuro nada esperar... Pelo tempo
Divagar... Cirandar sem eira nem beira, no mar revolto,
Nadar de braçadas e naufragar nessas cirandas sinistras!
Enganosas e iníquas cirandas... Demandas vazias e extemporâneas...
Todos dançamos cirandas nas passarelas do tempo, num
Carnavalesco espetáculo travestidos de palhaços em abraços
Em todos os momentos às mentiras, nas fantasias plenas de suas iras!
Jose Alfredo