TESE

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dejane matos

Sinto-me cansada

Dessa rotina vazia;

Dos poemas sem vida

Que tento escrever.

Das palavras repetidas

Que não fazem sentido

À quem quer ler...

Tenho pensado

Em dar um tempo,

Buscar refúgio no alento

Do meu próprio eu.

Quem sabe

A solidão me inspire

E eu renasça das cinzas,

Como muitas vezes já me aconteceu?

Ando desanimada

De escrever sempre a mesma coisa

Da qual me fartei.

Onde foi que perdi

Toda aquela apetência

Que um dia despertei?

Talvez eu precise ler coisas diferentes

Conhecer novas pessoas,

Para ver que a inspiração não morreu.

Para me conformar

De que ela apenas durma

Nos braços de Morfeu.

Talvez eu precise apenas

Do silêncio...

Um pouco de sossego.

Acalmar esse turbilhão

Que tenta me afogar

E me encher de medo.

Quero que seja como antes,

Onde bastava um sorriso

E o mundo se abria.

Hoje, me sinto de lado,

Não quero ser uma coitada

Alimentando-me do passado

Que me angustia.

Devo para de reclamar;

E me entregar as maravilhas

Que tenho ao meu redor

E que vivem se mostrando.

Sou filha do vento e irmã da Lua

Já devia saber que

Mudar a direção

Faz parte do plano.

Hoje, sinto que algo me angustia

Mas amanhã é um novo dia

E com certeza eu terei

Novos motivos para sorrir.

E, quem sabe eu seja agraciada

Com a visita da ilustre poesia,

Que fará minha primavera florir!

Dejane Matos
Enviado por Dejane Matos em 26/11/2022
Código do texto: T7658131
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