Liberdade
Pulsa desde os Andes,
até Heliópolis,
o amor latino americano,
sem yakisobas e brócolis.
Das pedras pelo caminho,
minam própolis,
acordando amanheceres insanos,
há um Brasil que elegeu Lula,
o nosso relâmpago cotidiano,
há bolsonazis, com as suas existências chulas,
e paralisações nas estradas,
guiados pelos senhores do nada,
nas quais abrem abomináveis feridas,
fazendo de nossa pátria inimiga,
daqueles que querem o bem de todos.
Bocas geladas proferem insultos contra a democracia,
golpistas psicóticos,
jogam o bebê com a água suja da bacia,
nos abismos negros da idiocracia.
Não permitiremos mais os despóticos,
nem que o medo assassine a nossa primavera,
nos guiaremos em nossos caminhos pela luz das estrelas, plantando flores sinceras,
para tê-las,
enquanto refúgio para o fascismo,
para o cio de suas cadelas,
sob o silêncio gelado desse orvalho,
não permitirei que fique duro o meu caralho.
Tentar e tentar,
é a parte mais bonita da história de um povo que,
melhor que qualquer outro,
mesmo quando roto,
sabe bailar e cantar a alegria,
que tentam nos roubar,
para nos aprisionarem em seus ódios e em suas covardias.
Não nos permitiremos prisioneiros,
de homens que só pensam em dinheiro.
Da liberdade seremos até a morte,
companheiros.
Barthes 23/11/2022