Totonho
Os cabelos brasino
De um descalço menino
Embaixo dos sóis a galopar
Sobre as sempre vivas
Pelas veredas mais cativas
Que lhe promete emboscar
Sentado numa fraga
Numa beleza tão vaga
Já lhe inspira pra cantar
Aos fluxos do peito
Numa folgança d’um jeito
Jamais chorou por chorar
Ele busca as três Marias
Pelas noites mais vazias
E pela cintilância do olhar
Seus olhos em rebrilho
É para a noite um filho
Que mora distante do lar