Uns Sonhos de Vento...

O vento bateu,

forçou a porta,

com tal avidez. Acordei

atarantado,

sobressaltado.

Em desatino, equalizei,

havendo tino, levantei,

caminhei,

e a porta... destranquei.

Partira o vento!

Partira! Apenas

os redemoinhos

duma fina areia,

espiralados, inda rodopiavam.

Vi, desfazerem-se, tais balés.

Pensei, bailei... e, o meu sono,

não mais dormirei!

Ah, o ledo engano!

Deitando, dormi e

sonhei, uns sonhos de vento...