(Re)Significâncias
Tantos olhares vazios
Uma vaga esperança
Ainda perdura...
Tantas saudades
Tantas vontades
O simples hoje é artigo de luxo
Agora que nos tiraram tudo
Uma pestilência
Muito maior que a própria doença
Que roubou-nos espaço
Beijos
Abraços
Presença...
Imposta a uma raça em decadência.
Pior que se adequar
A essa nova realidade,
É a consciência
De uma única verdade
Que apesar dos pesares
Éramos ricos
Abastados, tínhamos
Um tesouro inestimável
Que nem todo dinheiro
Poderia ter comprado.
Na corrida pelo futuro
Esquecemos do tempo presente
Que acordar mais um dia
Era um incalculável presente
Não soubemos dar valor
Até que um vírus
Tudo isso nos tirou...
Tirou-nos o viver a vida
Tirou-nos até o direito
Da despedida.
Diante das incertezas pairam
Diante do mal que nos limitou
Uma única certeza grita
Um vírus nos igualou