Regularidade cíclica
O artifício sutura a ilusão
Ao acaso
Enquanto tudo passa
nas ações mais simples:
Provar o sal
Entornar o copo
Na tempestuosa
Paisagem,
Paisagem...
Notificar na íris o banho dos pássaros dourados
Entre brevíssimos suspiros celestiais
Num sem fim de cantos desvairados, perdidiços.
Quieto estudo olhos e essências
Havendo poucos sinais de mim em algo
Somente a clara natureza pisca-pisca
Nesse caminho longo, longo...
Julgo adequado sorrir.
Sobre a corrente transição
Para fingir sabedoria.
Silêncio! Minúsculos fragmentos
criam grandes recordações.
Avanço feito páginas
Nos capítulos desses velhos, nobres e longos anos
Certo de que a virtude existe, existe,
Pois quem sabe ir,
Sabe voltar.
Reclamo pouco.
Explico tudo,
Com sigilo máximo,
Ao meu espelho vesgo:
Tudo é momentâneo!