BILHETINHO AZUL

BILHETINHO AZUL

BETO MACHADO

Por onde andará o meu lirismo?

Pediu permissão, deixei,

Pra passear por perto.

Sumiu. Escafedeu-se.

Deve ter-se embevecido

Com o som publicitário

Que se aloja nos ouvidos

Da minha Comunidade.

Tomara que ele não aprenda

Aquela mumunha.

Aquela mentira que vende.

E vende repetidamente.

Não sei se ele voltará.

Mas se chegar com arranhões

De uma vida real,

Já tenho aqui, em mãos,

Um bilhetinho azul.

Não se perdoa os abstratos.

Roberto Candido Machado
Enviado por Roberto Candido Machado em 14/10/2022
Código do texto: T7627696
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