METAFORICOIDICES - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros
METAFORICOIDICES
Luiz Poeta - Luiz Gilberto de Barros Rio de Janeiro - Brasil
Não sou filhote da metáfora... escrevo!
Transo com a ideia, quando faço poesia.
Nem sou escravo... e nem robô da teoria...
... eu simplesmente esqueço as teses e... me atrevo.
Meu raciocínio é o meu pen-drive expressivo,
é o aditivo para minha inspiração.
Não uso chips dentro do meu coração
tenho "I stents" ... com eles, sim, eu sobrevivo.
A minha roupa é para cada ocasião:
gosto do fraque e da cartola.... mas não uso...
porém smoking com chinelos é um abuso...
...é acrescentar café com leite ao chimarrão.
A criatura não inibe a criação,
quando ela lembra que a palavra criador
tem a semântica sublime desse amor
que veste a ideia que repousa na razão.
Metonímias, antíteses, prosopopeias,
Sinestesias, ironias, eufemismos,
pleonasmos, hipérboles,
neologismos...
....tanta figura... e o conteúdo?... e as ideias?
Alguns poemas assemelham-se ao discurso
dos oradores que pregam de black-tie,
quem não entende, vai embora sem bye bye,
quando a palavra se desvia do percurso.
Todo artista que já nasce com o dom
da poesia, tem, no seu DNA,
a tese pronta, pois sabe que o
bê-a-bá
da harmonia é saber tocar no tom.
Ele se se esmera, mas jamais segue cartilhas
porque é assim que sua marca é carimbada
pois se ele é outros... que já leu... não é mais nada,
além de alguém que pisoteia antigas trilhas.
Prefiro mais reler os versos que eu faço
a exigir que alguém entenda meus abismos...
pois que adianta discutir Impressionismos
com quem, sequer não quer saber nem do Picasso?
Metaforizo, por que não?... mas todo ensino
autoritário que abomina um conteúdo,
faz um neófito entender que o seu estudo
é qual beber café num copo... cristalino.
Quem lê um texto na intenção de corrigi-lo,
sem que o autor lhe dê devida permissão,
quer na verdade, com arrogante presunção,
se comparar com quem já tem seu próprio estilo.
Por ironia, quem só mostra o erro alheio,
comete falhas no discurso que pratica
e quando um predador se expõe a quem critica,
passa a ser caça do seu próprio devaneio.
Por isso escreva com metáforas ou sem,
liberte o fruto emocional do seu amor,
como se a página entendesse o escritor
e se abraçasse à inspiração que sempre vem.
- às 23h e 14min do dia 18 de outubro de 2018 - Marechal Hermes Rio de Janeiro Brasil.
Registrado e PublIcado no Recanto das Letras.
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