Segunda feira
E o que era dia, fez-se noite...
Clareou e escureceu
E permaneceu sendo o que é!
Ao partir e voltar de um ciclo chamado dia
O que você sentia?
Ao estar na carne e ao ser navalha...
O que você sentia?
Era só um pensamento que invadia aquela brecha de silêncio que o ponteiro do relógio dá entre os segundos...
Entre... As circunstâncias!
E o que era silêncio, fez-se percussão!
Fez-se os céus acinzentados no início da primavera
Fiquei sem sol...
Mas... tive o chão!
Tive onde por raízes
E pouco a pouco, de broto em broto virar tronco!
Um apelo!
E a tarde fez-se aço
Fez-se cordas e acordes
Mogno e jacarandá...
O fôlego sonoro!
Em dias como hoje, o antídoto!