TARDE DE DOMINGO
TARDE DE DOMINGO
Tarde morna
O vento ceco e quente
Proucuro a sombra do alpendre
Como um pássaro entre as palhas da carnaúba.
Meu sertão em tom esbranquiçado
Como um velhinho de cabeça branca
Ontem foi Verde e intenso como criança
A janela do meu quarto da pro mundo
Pras planícies magras de folhagem
Para as nuvens que vão de encontro a serras.
Que bom que a minha dor é cega
Que meu amor enxerga
A alma quente e doce do meu lar
As rochas me afagam
As aves me reparam dizendo:
Que pena que pode voar.
E assim livre do senso do ser mortal
Preso na amplidao natal
Muito mais tenho pra contar.