BARBUDOS E AFINS -Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros

BARBUDOS E AFINS - Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros

Já fui Jesus, já fui John Lennon, Tche Guevara...

E fui Leminskye... Raul, Durer... fui Benito,

todo barbudo como eu tem essa cara

dos que alcançam, sem querer, o infinito.

Nunca. fui mito, dos caminhos que escolhi,

alguns tão lindos e outros tristes ou perversos,

são a essência desse tempo em que eu vivi,

quando me li, vendo inocência nos meus versos.

Já fui Cabral e fui Gregório... fui Camões

sem olho cego... sou ilustre luso... leiro,

de barba em riste mas, nos olhos... emoções...

fui Dom Quixote... e nunca tive escudeiro...

Engels, Hemingway, Julio Verne, Aiatolá ,

fui quatro Beatles, fui Machado... Juarez...

não sou freguês das lâminas de barbear...

Eric Clapton... e até monge japonês.

Abraham Lincoln, Marx, Bee Gees, fui todos eles

E mais alguns, na aparência ou na atitude,

Filosofia, ideologia...herdei deles,

E agora velho, ainda esperam que eu mude.

A mesma barba, o cavanhaque e o bigode,

Os mesmos óculos... de grau... e quem diria...

Ainda faço rock'n roll, blues e pagode,

Jazz, bossa nova, tango, samba e poesia.

- à uma hora e 51 min do dia 3 de novembro de 2019. Publicado e Registrado no Recanto das Letras. Visite-nos.