Doce como a vida
Tudo é tão doce.
Como o doce bico do colibri.
E o seu liquido parado no bebedouro colorido.
Já esverdeado, no alpendre da porta pendurado.
Meio sem sentido, Pois as flores viçosas,
No jardim brilham mais que as rosas.
Meu riso vem.
Do quê? Não sei.
O bolso vazio combina com o mendigo. Sentado na calçada neste dia frio.
E o sorriso continua, aqui no canto da boca.
Chato até.
Visto quê, nem tenho do que rir neste momento.
A não ser de mim roendo as falsas unhas que incomodam.
Ouvindo "Almir Rogério" implorando a Deus um amor.
Novamente o sorriso vem.
Posso trocar o pedido, pelo doce bico do colibri.
Beijando uma flor pelo buraco.
Acordo do meu devaneio.
Com o som das moedas,
Caindo dentro de um prato.
Arlete Klens