O CIRCO
Por traz do pancake, não dá pra perceber
Que há uma ruga de preocupação.
Os artistas reclamam por não receber.
E já há problemas na alimentação.
O público rareia em comparecer,
Procuram bares, cinemas, televisão.
São tantas opções do que há para ver,
Que os circos da nossa infância ficam na mão.
Quando o velho palhaço repete as piadas,
Já não se ouvem gargalhadas na geral.
São as mesmas que, de tantas vezes contadas,
Não surpreendem, já sabemos o final.
Está na hora do circo mudar de cidade,
De enfrentar a trabalheira da mudança,
Que já está no sangue daquela entidade,
Tão normal e tão natural que já não cansa.